domingo, 10 de maio de 2015

Sapateado: A dança que produz música


Já pensou em dançar e ainda usar seus pés como instrumentos? Pois é justamente isso que o sapateado proporciona com o uso de um sapato especial. Os movimentos realizados com os pés nesta modalidade podem ditar o ritmo, mesmo que não haja música alguma sendo reproduzida.
Ana Cristina mostra seu talento
em uma apresentação

A professora de sapateado americano da academia de dança Fred Asteire, em Tatuí, Ana Cristina Machado, conta como se fascinou por esse estilo de dança: “Eu assisti a uma apresentação de sapateado no Conservatório de Tatuí e fiquei encantada. Já estudava música e me fascinei com o som, o ritmo e a movimentação como um todo.” Com o uso de um sapato especial, os movimentos desta modalidade podem ditar o ritmo, mesmo que não haja música alguma sendo reproduzida. 

A história do sapateado começa no século V, na Irlanda, onde as pessoas usavam sapatos de madeira para manter os pés aquecidos e brincavam com os sons produzidos quando o sapato se chocava contra o chão. Inicialmente o estilo de dançar era caracterizado por manter o tronco rígido, como o de uma árvore e mexer apenas os pés. 

As famosas chapas metálicas responsáveis pelo som
Durante a Revolução Industrial, na Inglaterra, os operários das fábricas utilizavam os sapatos com solado de madeira para proteger os pés do calor intenso, e assim como os irlandeses, se divertiam fazendo sons com os sapatos. Mas foi nos Estados Unidos, com a migração de Europeus e Africanos, que surgiu o sapateado como conhecemos. Nessa nova fase da modalidade o tronco ganha movimentos e foi, então, que as placas de metal foram parafusadas na sola do sapato.
         
A diferença entre as modalidades, segundo Ana Cristina, é que a dança irlandesa exige principalmente muita precisão, sincronismo, postura, poucos movimentos com os braços e muita coordenação motora. Já o estilo americano, os braços tem muito mais liberdade, giros e, principalmente, habilidade de improviso.
As alunas da academia de dança Rit's de Tatuí, Tawany, 
Gabriela e Maria Carolina se preparam para ensaiar 
uma sequência de passos
A aluna Maria Carolina Rodrigues,14, conta que sempre gostou de dança mas o que a atraiu para o sapateado foi a agilidade necessária para realizar os movimentos. Gabriela Fonseca, 12, conta que desde que começou a praticar sapateado notou uma melhora na coordenação motora.
Assim como Maria e Gabriela, Tawany de Oliveira Machado, 10, afirma “ não consigo escolher uma coisa que gosto mais. Gosto de tudo”.

Quanto às dificuldades, Machado, conta que inicialmente é trabalhado o senso rítmico e a coordenação motora do aluno. “O principal obstáculo é fazer os movimentos no ritmo da música. É comum fazer o movimento dos pés e esquecer de movimentar os braços ao mesmo tempo, ou se concentrar no movimento e não prestar atenção na música” relata a professora.
Os principais benefícios que o sapateado traz são o desenvolvimento a coordenação motora, senso rítmico, postura, fortalecimento da musculatura, vivência em grupo, como num grupo ou banda de música. “Para dançar sapateado você tem que ouvir e respeitar o outro com o seu som” afirma Ana Cristina.
A boa notícia é que não há contra indicações. Porém, qualquer problema de saúde deve ser informado ao professor para que o caso seja estudado.

Maria Carolina passa os novos passos para a colega Gabriela


Fred Asteire: uma das inspirações da professora Ana Cristina


Fred Asteire mostra porque é considerado 
um dos melhores bailarinos do mundo 




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