Ana Cristina mostra seu talento em uma apresentação |
A professora de sapateado americano da academia de dança Fred Asteire, em Tatuí, Ana
Cristina Machado, conta como se fascinou por esse estilo de dança: “Eu
assisti a uma apresentação de sapateado no Conservatório de Tatuí e fiquei
encantada. Já estudava música e me fascinei com o som, o ritmo e a movimentação
como um todo.” Com o uso de um sapato especial, os movimentos desta modalidade
podem ditar o ritmo, mesmo que não haja música alguma sendo reproduzida.
A história do sapateado começa no século V, na Irlanda, onde as pessoas usavam sapatos de madeira para manter os pés aquecidos e brincavam com os sons produzidos quando o sapato se chocava contra o chão. Inicialmente o estilo de dançar era caracterizado por manter o tronco rígido, como o de uma árvore e mexer apenas os pés.
Durante a
Revolução Industrial, na Inglaterra, os operários das fábricas utilizavam os
sapatos com solado de madeira para proteger os pés do calor intenso, e assim
como os irlandeses, se divertiam fazendo sons com os sapatos. Mas foi nos
Estados Unidos, com a migração de Europeus e Africanos, que surgiu o sapateado
como conhecemos. Nessa nova fase da modalidade o tronco ganha movimentos e foi,
então, que as placas de metal foram parafusadas na sola do sapato.
A diferença
entre as modalidades, segundo Ana Cristina, é que a dança irlandesa exige
principalmente muita precisão, sincronismo, postura, poucos movimentos com os
braços e muita coordenação motora. Já o estilo americano, os braços tem muito
mais liberdade, giros e, principalmente, habilidade de improviso.
As alunas da academia de dança Rit's de Tatuí, Tawany, Gabriela e Maria Carolina se preparam para ensaiar uma sequência de passos |
A aluna Maria
Carolina Rodrigues,14, conta que sempre gostou de dança mas o que a atraiu para
o sapateado foi a agilidade necessária para realizar os movimentos. Gabriela
Fonseca, 12, conta que desde que começou a praticar sapateado notou uma melhora
na coordenação motora.
Assim como Maria
e Gabriela, Tawany de Oliveira Machado, 10, afirma “ não consigo escolher uma
coisa que gosto mais. Gosto de tudo”.
Quanto às
dificuldades, Machado, conta que inicialmente é trabalhado o senso rítmico e a
coordenação motora do aluno. “O principal obstáculo é fazer os movimentos no
ritmo da música. É comum fazer o movimento dos pés e esquecer de movimentar os
braços ao mesmo tempo, ou se concentrar no movimento e não prestar atenção na
música” relata a professora.
Os principais benefícios
que o sapateado traz são o desenvolvimento a coordenação motora, senso rítmico,
postura, fortalecimento da musculatura, vivência em grupo, como num grupo ou
banda de música. “Para dançar sapateado você tem que ouvir e respeitar o outro
com o seu som” afirma Ana Cristina.
A boa notícia é
que não há contra indicações. Porém, qualquer problema de saúde deve ser
informado ao professor para que o caso seja estudado.
Maria Carolina passa os novos passos para a colega Gabriela
Fred Asteire: uma das inspirações da professora Ana Cristina
Fred Asteire mostra porque é considerado
um dos melhores bailarinos do mundo
Mto bom
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