Quando se trata de ballet clássico,
claro que imaginamos a prática da modalidade desde criança. Mas já pensou
começar depois de adulto e chegar até a ponta?
Sabrina mostrando seu talento Por Lívia Ferreira |
A aluna
Sabrina Aires Pereira, 25, conta que quando se sobe na ponta pela primeira
vez a sensação é de vitória. Para ela, foi emocionante a sensação de chegar em
um ano e meio no nível que sempre sonhou. “Dói, mas se conseguir esquecer isso
é quase como se estivesse flutuando nas nuvens. É como a Bela Adormecida e o
príncipe no final do filme”, diz.
Em seu ponto de
vista, o ballet adulto não cobra tanto dos bailarinos. É um hobby e não um
compromisso. Não há tanta exigência quanto a emagrecer e tentar fazer um
alongamento praticamente impossível.
Natalia em uma de suas apresentações de ballet. |
De acordo com a professora de dança
Natalia PJuiz, 26, a pessoa que opta por praticar o ballet clássico na idade
adulta já tem a vantagem de praticar por vontade própria, diferentemente das
crianças, em que a vontade parte mais dos pais do que dela própria. “Há uma
melhor compreensão dos comandos do professor que as crianças não tem, além da busca
da satisfação pessoal e de qualidade de vida. Muitas vezes também é um resgate
de um sonho da juventude que por algum motivo não foi concluído”, afirma.
Para Sabrina, o ballet realizou-se como um sonho antigo. Quando se tornou adulta pode pagar pelas aulas sozinha.
No trabalho carregava muito peso e sentia muita dor nas costas. Então foi
buscar um exercício que fosse bom para isso, e já que sempre
gostou de ballet, foi a maneira que encontrou de juntar o que gostava ao que
precisava.
Entre os benefícios, estão o trabalho
com a coordenação motora, o fortalecimento e alongamento muscular, sem contar que trabalha o corpo, alimenta a mente e a alma com a expressão da arte segundo a professora Natalia.
Aires reconhece estar mais feliz e menos tensa após ter começado a dançar. “Com
o ballet, percebi que tenho que ter muita força para qualquer exercício,
entretanto muita graça também. Consigo agora tratar os problemas com mais força
e graciosidade que antigamente inclusive em meu trabalho”, completa.
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