sábado, 9 de maio de 2015

Da ponta as nuvens

Quando se trata de ballet clássico, claro que imaginamos a prática da modalidade desde criança. Mas já pensou começar depois de adulto e chegar até a ponta?

Sabrina mostrando seu talento
Por Lívia Ferreira
A aluna Sabrina Aires Pereira, 25, conta que quando se sobe na ponta pela primeira vez a sensação é de vitória. Para ela, foi emocionante a sensação de chegar em um ano e meio no nível que sempre sonhou. “Dói, mas se conseguir esquecer isso é quase como se estivesse flutuando nas nuvens. É como a Bela Adormecida e o príncipe no final do filme”, diz.

Em seu ponto de vista, o ballet adulto não cobra tanto dos bailarinos. É um hobby e não um compromisso. Não há tanta exigência quanto a emagrecer e tentar fazer um alongamento praticamente impossível.

Natalia em uma de suas apresentações de ballet.
De acordo com a professora de dança Natalia PJuiz, 26, a pessoa que opta por praticar o ballet clássico na idade adulta já tem a vantagem de praticar por vontade própria, diferentemente das crianças, em que a vontade parte mais dos pais do que dela própria. “Há uma melhor compreensão dos comandos do professor que as crianças não tem, além da busca da satisfação pessoal e de qualidade de vida. Muitas vezes também é um resgate de um sonho da juventude que por algum motivo não foi concluído”, afirma.

Para Sabrina, o ballet realizou-se como um sonho antigo. Quando se tornou adulta pode pagar pelas aulas sozinha. No trabalho carregava muito peso e sentia muita dor nas costas. Então foi buscar um exercício que fosse bom para isso, e já que sempre gostou de ballet, foi a maneira que encontrou de juntar o que gostava ao que precisava.

A famosa ponta
Por Lívia Ferreira

Entre os benefícios, estão o trabalho com a coordenação motora, o fortalecimento e alongamento muscular, sem contar que trabalha o corpo, alimenta a mente e a alma com a expressão da arte segundo a professora Natalia.

Aires reconhece estar mais feliz e menos tensa após ter começado a dançar. “Com o ballet, percebi que tenho que ter muita força para qualquer exercício, entretanto muita graça também. Consigo agora tratar os problemas com mais força e graciosidade que antigamente inclusive em meu trabalho”, completa.

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