Disco de Vinil? Cd? Quem se importa numa era completamente
digital, em que podemos ouvir tudo gratuitamente pela internet? Pois se você
pensa que não há mais pessoas que por gosto colecionem essas raridades, é aí
que se engana!
O vinil surgiu em 1948 com variados tamanhos, espessuras,
quantidade de rotações e cores. Entre a década de 80 e 90, os compact discs
(CDs) apareceram proporcionando além de mais durabilidade, mais clareza no som
também. Um sucesso! E então, com a estabilização da moeda no Brasil, a partir
de 1995 as vendas dos discos caíram bastante já que a população passou a ter
melhores condições financeiras e assim optar por modos mais modernos de ouvir
música.
Contudo, segundo o barbeiro Sandro Gatto, 52, o disco de
vinil continua sendo sua maneira favorita de apreciar um bom som. “Ainda faço
questão de ouvir. Já coleciono que é para quando eu quiser escolher já pegar da
minha coleção”, diz. Ele gosta mesmo é quando ganha os de seus ídolos Raul
Seixas e Elvis Presley, entretanto, qualquer clássico é sempre bem vindo. “O
som do vinil é um som inconfundível. É nostálgico, faz você voltar no tempo. É
um som mais perfeito e mais original, pois o que podemos ouvir pela internet é
mais digitalizado, remasterizado, tira as “imperfeições”, e as imperfeições que fazem com que o som se torne autêntico”, completa.
Sandro em seu local de trabalho junto a sua coleção |
E com o declínio do vinil, os CDs se popularizam. O primeiro
CD para ser comercializado foi produzido em agosto de 1982 em uma fábrica da
marca Philips na Alemanha. “The Visitors” foi o primeiro título musical
liberado num CD do grupo “ABBA”. Logo em seguida, chegaram aos mercados também
os CDs players da Sony, sendo mais um sucesso de vendas. Os consumidores
ficaram surpresos com a qualidade do áudio, e assim o preço dos players foi
reduzindo muito rápido, resultando numa popularidade ainda maior. Com a
tecnologia, o que as pessoas realmente fazem hoje são downloads gratuitos, em
alguns casos ouvem no Youtube ou em streaming como o famoso “Spotify”.
Embora haja toda essa praticidade, o professor Jaime Vaz,
26, conta que tem sim músicas baixadas até por conta do custo, todavia não abre
mão de procurar o bom CD físico. “Ouvir o cd tem uma essência diferente de
ouvir um som baixado, pois dá para ter o encarte em mãos, é possível folheá-lo,
ler as faixas sobre as letras do artista ou banda”, explica. Fã de bandas como
Beatles, Ramones e Pearl Jam, ele diz também que criou essa mania por não ter a
facilidade existente atualmente, o que o obrigava a comprar um CD.
Jaime ‘abrindo seu cantinho’ e
mostrando alguns de seus favoritos
E você? Também faz coleção de Vinis ou CDs ou conhece alguém
que faça como nossos entrevistados? Conte para gente!
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