sexta-feira, 27 de março de 2015

CDs e Vinis: sobreviventes do século XXI?


Disco de Vinil? Cd? Quem se importa numa era completamente digital, em que podemos ouvir tudo gratuitamente pela internet? Pois se você pensa que não há mais pessoas que por gosto colecionem essas raridades, é aí que se engana!

O vinil surgiu em 1948 com variados tamanhos, espessuras, quantidade de rotações e cores. Entre a década de 80 e 90, os compact discs (CDs) apareceram proporcionando além de mais durabilidade, mais clareza no som também. Um sucesso! E então, com a estabilização da moeda no Brasil, a partir de 1995 as vendas dos discos caíram bastante já que a população passou a ter melhores condições financeiras e assim optar por modos mais modernos de ouvir música. 

Contudo, segundo o barbeiro Sandro Gatto, 52, o disco de vinil continua sendo sua maneira favorita de apreciar um bom som. “Ainda faço questão de ouvir. Já coleciono que é para quando eu quiser escolher já pegar da minha coleção”, diz. Ele gosta mesmo é quando ganha os de seus ídolos Raul Seixas e Elvis Presley, entretanto, qualquer clássico é sempre bem vindo. “O som do vinil é um som inconfundível. É nostálgico, faz você voltar no tempo. É um som mais perfeito e mais original, pois o que podemos ouvir pela internet é mais digitalizado, remasterizado, tira as “imperfeições”, e as imperfeições que fazem com que o som se torne autêntico”, completa. 

Sandro em seu local de trabalho junto a sua coleção

E com o declínio do vinil, os CDs se popularizam. O primeiro CD para ser comercializado foi produzido em agosto de 1982 em uma fábrica da marca Philips na Alemanha. “The Visitors” foi o primeiro título musical liberado num CD do grupo “ABBA”. Logo em seguida, chegaram aos mercados também os CDs players da Sony, sendo mais um sucesso de vendas. Os consumidores ficaram surpresos com a qualidade do áudio, e assim o preço dos players foi reduzindo muito rápido, resultando numa popularidade ainda maior. Com a tecnologia, o que as pessoas realmente fazem hoje são downloads gratuitos, em alguns casos ouvem no Youtube ou em streaming como o famoso “Spotify”.

Embora haja toda essa praticidade, o professor Jaime Vaz, 26, conta que tem sim músicas baixadas até por conta do custo, todavia não abre mão de procurar o bom CD físico. “Ouvir o cd tem uma essência diferente de ouvir um som baixado, pois dá para ter o encarte em mãos, é possível folheá-lo, ler as faixas sobre as letras do artista ou banda”, explica. Fã de bandas como Beatles, Ramones e Pearl Jam, ele diz também que criou essa mania por não ter a facilidade existente atualmente, o que o obrigava a comprar um CD.

                                Jaime ‘abrindo seu cantinho’ e mostrando alguns de seus favoritos

E você? Também faz coleção de Vinis ou CDs ou conhece alguém que faça como nossos entrevistados? Conte para gente!

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